HISTÓRICO
ARPA
A
Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental - ARPA é o resultado da
iniciativa de uma empreendedora, que no ano de 2006, afastada do mercado formal
de trabalho, com marido desempregado e 5 filhos para criar, encontrou na
atividade da catação uma forma de sobrevivência. E través do pároco da Igreja
de Nossa Senhora dos Remédios, padre Afonso que observou o esforço da catadora
se propôs em ajudar o grupo de pessoas que coletavam materiais recicláveis no
qual a Srª Alcineia fazia parte, dentre os matérias coletados: papelão, papel,
dentre outros, no entorno daquela Paróquia.
O
pároco percebeu que a senhora Alcinéia Cunha de Souza, hoje vice-presidente da
ARPA, determinação, capacidade de dialogo, articulação, e auditividade. Em face
disso, convidou-a para uma conversa, falou da idéia de formarem uma associação,
propôs a essa senhora que tratasse do assunto com as demais pessoas, enfim, que
atuassem como articuladora no projeto.
Essas
pessoas trabalhavam precariamente. Sem uma estrutura física onde pudessem estar
e guardar os materiais coletados, com carrinhos cedidos pelo empresário que
lhes compravam os materiais – o dono do Amarelinho, que apreçava o produto
segundo critério próprio. Normalmente a jornada de trabalho daquelas pessoas começava
no horário da tarde, quando os comércios dos arredores liberavam os resíduos do
dia – lixo, e só acabavam altas horas da noite. Trabalho finalizado, essas
pessoas não tinham onde guardar o produto do seu trabalho de modo que dormiam
nas calcadas da Igreja, vigiando os carrinhos para não serem roubados,
esperando a empresa abrir no dia seguinte a fim de negociar seu material.
Cheia de dúvidas, apostando pouco na sua
capacidade para reunir o grupo, mas consciente das dificuldades, aceitou o
desafio. Houve outros encontros visando à materialização da proposta, que
resultou na formação de uma associação de catadores.
O processo de construção da organização
não foi orientado por um projeto formal, desenvolveram-se ações em busca de
apoio e parcerias para a locação de um espaço físico – um terreno ou galpão,
que pudesse funcionar a sede da associação no que foram socorridos pelo projeto
da Caixa Econômica Federal – CEF, que custeou por um período de 1 ano o aluguel
de um Galpão. A proposta era dar condições para que pudessem formar uma
poupança, e ao fim do acordado, custear eles mesmo suas despesas.
Iniciam-se também o processo de busca de
apoiadores e parceiros para a construção do empreendimento. Dentre o grupo de
pessoas, estava o Sr. Raul Lima de Miranda Neto, esposo da Sra. Alcinéia, que
depois de reiterados convites e superação do preconceito em relação à
atividade, também tornou-se um catador. Imediatamente escreveu o estatuto que
mais tarde veio a ser registrado, com o apoio do da Incubadora do Núcleo de
Tecnologias Sociais da Universidade Federal do Amazonas –UFAM, que
durante um ano e meio deu capacitação e assistência tecnológica e foi
registrada e legalizados como associação.
O nome ARPA segundo relato da fundadora
que deu o nome a Associação, explicou o significado, que quer dizer:
Instrumento de Deus. A ARPA foi resultado da minha fé, eu pedia ajuda de Deus e
ele abriu essa porta (SIC).
EM
2007, Por ser a mais organizada associação de catadores da Cidade de Manaus foi
premiada pelo Programa Reciclagem Solidária Cooperativas da AmBev – Companhia
de Bebidas das Américas - com uma prensa hidráulica e uma balança eletrônica. Em
2008 ficou em segundo lugar nacional por ser a associação que mais cresceu, foi
premiada pelo Programa Reciclagem Solidária Cooperativas da AmBev – com R$ 2.000,00.
Hoje é uma das
parceiras junto a Empresa Coca-Cola do Programa Reciclou Ganhou. A ARPA
participa dos eventos patrocinados pela empresa e é parceira da empresa de
telecomunicações amazonsat.
Mantêm parcerias com
varias empresas do PIM (Pólo Industrial de Manaus), comércios e algumas lojas
do Centro da cidade.
A ARPA acredita que seu
trabalho é de grande relevância para a sociedade, pois a reciclagem é uma
alternativa ecologicamente correta, pois contribui na preservação do meio
ambiente, gerando ocupação e renda para as famílias que trabalham com a coleta
de materiais recicláveis.
Mobilização nas Escola Municipal Paulo Pinto
Catadores da ARPA
Raul Lima e Alcinéia Cunha
Diretor Presidente e Conselheira Fiscal da ARPA/AM